Caatinga
Típica da região do polígono das secas (sertão e norte de Minas Gerais), a Caatinga (do Tupi-Guarani: Kaa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro. Apresenta vegetação típica de regiões semi-áridas com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca. Por ser definida pela escassez de água, a caatinga apresenta espécies xerófitas. Suas raízes são profundas ramificadas para alcançar o lençol freático que fica mais profundo na época da seca. Em virtude do clima, a grande maioria dos rios desse bioma são temporários. O relevo é formado por planaltos e depressões. A caatinga possui três estratos de formações vegetais: arbóreo, arbustivo e herbáceo.
Com relação à fauna, esta empobrecida, com baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de répteis, 695 de aves e 120 de mamíferos, num total de 876 espécies animais, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.
Em áreas próximas das serras, onde ocorrem às chuvas de relevo ou orográficas, existem verdadeiros “oásis de fertilidade”, chamados brejos, onde são produzidos alimentos e frutas.
Além da importância biológica, a caatinga apresenta um potencial econômico ainda pouco valorizado. Em termos forrageiros, apresenta espécies como o pau-ferro, a catingueira verdadeira, a catingueira rasteira, a canafístula, o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção alimentar para caprinos, ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade frutífera, destacam-se o umbú, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri e, entre as espécies medicinais, encontram-se a aroeira, a braúna, o quatro-patacas, o pinhão, o velame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó, entre outras.
Fonte da pesquisa: Livro Geografia Geral do Brasil
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